O presente artigo tem por objetivo demonstrar a fundamentação da tese da ontonegatividade da política, desvelada pelo filosófo brasileiro José Chasin, no pensamento de Marx, a partir da análise da ontologia do ser social. Com base na determinação do ser do homem, demonstra-se que a política não é um atributo inerente a essa forma do ser.
Tradução de artigo do jovem Engels em comemoração ao bicentenário de seu nascimento. O artigo ora traduzido marca o início da colaboração de Engels com o jornal The New Moral World. O periódico foi um dos primeiros jornais socialistas do Reino Unido. A publicação foi lançada por Robert Owen em novembro de 1834 como sucessora do jornal Crisis. Foi publicado em dois números da revista, nr. 19 de 04 de novembro de 1843 e nr 21 de 18 de novembro de 1843. No texto Engels esboça uma descrição dos principais movimentos socialistas de sua época, aborda as principais correntes do movimento na França, na Alemanha e na Suiça. A intervenção de Engels aponta para a necessidade da integração do movimento socialista no continente, para tanto, conhecer suas variantes nos países industrializados torna-se essencial para somar forças em vistas da transformação social. O artigo testemunha os passos iniciais do jovem pensador no interior do pensamento propriamente comunista, em clara ruptura com o ideário democrático burguês e com o pensamento político dos neohegelianos.
A estética de Hegel significa, no campo da filosofia da arte, o ápice do pensamento burguês, das tradições burguesas progressistas. Os conhecidos aspectos positivos do pensamento hegeliano e seu modo de escrever se manifestam com mais clareza neste trabalho; a universalidade de seu conhecimento, seu profundo e fino senso pelas peculiaridades e contradições do desenvolvimento histórico, a conexão dialética dos problemas históricos com as questões teóricas e sistemáticas das legalidades objetivas universais: todos esses traços positivos da filosofia hegegeliana aparecem mais claros em sua estética. Os clássicos do marxismo mantinham particularmente grande apreço por esse trabalho.
Pretende-se neste artigo retomar a definição marxiana de exército industrial de reserva e acompanhar, pelo menos em suas linhas mais gerais, os decursos históricos dos desdobramentos de tal categoria no âmbito da dinâmica processual da sociabilidade. Consideramos que a investigação histórica do problema abre a possibilidade de acompanhar o movimento real das transformações na organização do trabalho e dos trabalhadores ao longo dos últimos dois séculos, propiciando elementos mais precisos para a compreensão e a crítica do suposto desfecho histórico do protagonismo da classe trabalhadora, que para muitos tem seu esgotamento histórico na configuração do processo de acumulação atual.
Resumo O artigo resgata por meio de lineamentos gerais as considerações de Marx e Engels acerca do problema da gênese da inferiorização da mulher na sociedade, tomando por base as reflexões postas por György Lukács em sua obra Para uma ontologia do ser social. A partir dessas considerações procura-se demonstrar os limites da emancipação política e econômica da mulher na contemporaneidade, no intuito de explicitar em que medida a luta pela superação do estranhamento da mulher pode vir a corresponder aos princípios marxianos da emancipação humana.
Les mots et les choses dans la pensée économique; publicado em La Nouvelle Critique, juin 1967, numero 5 (186), Paris. Tradução e notas de Ronaldo Vielmi Fortes.